The Room, de Tommy Wiseau, é como aquele torcedor corinthiano que nunca desiste, mesmo diante das maiores adversidades. O filme entrega uma experiência emocional única, repleta de amor, traição e amizade, com uma intensidade que só quem vive o lema “Corinthians até morrer” pode entender. Johnny (interpretado pelo próprio Wiseau) é o personagem que encarna o espírito do torcedor fiel: ele dá tudo de si, encara os altos e baixos da vida com bravura, e mesmo quando tudo dá errado, segue de pé, acreditando até o fim.
Assim como a Fiel, que apoia o time em qualquer circunstância, The Room é uma obra que conquista por sua entrega apaixonada. A execução pode ser torta, as atuações às vezes tão imprevisíveis quanto uma substituição ousada no segundo tempo, mas há algo mágico em cada linha de diálogo e em cada cena desconexa. Wiseau é o técnico, o artilheiro e o torcedor ao mesmo tempo, guiando o filme com uma visão peculiar que, embora questionável, é movida por uma dedicação inabalável. É impossível não se emocionar com momentos icônicos como o famoso “Oh, hi Mark!”, que ressoam como um grito de guerra.
The Room é o cinema na raça, como um Corinthians que não vence só na técnica, mas no coração. Não importa se o filme parece perdido ou fora de sintonia; ele te pega pela emoção, pela autenticidade e pelo inesperado. É como aquela vitória suada em Itaquera: imperfeita, mas cheia de alma. É o tipo de filme que só quem ama profundamente – o cinema ou o Timão – consegue realmente valorizar.