domingo, 23 de março de 2025

Review: Sonic 3 – e o shadow, fodase

 Se você esperava que Sonic 3 fosse uma obra-prima do cinema, lamento informar, mas esse trem descarrilhou feio. O filme tenta trazer de volta a adrenalina dos jogos, mas entrega uma montanha-russa de piadas sem graça, roteiro preguiçoso e CGI que parece ter sido feito no Paint. O único motivo para assistir a essa aberração cinematográfica é a dublagem do Júlio Cocielo, que transforma um desastre em algo minimamente suportável.



Júlio Cocielo, esse verdadeiro herói da dublagem brasileira, salva Sonic 3 do completo esquecimento. Sua voz carismática e jeito debochado dão vida ao personagem de uma forma que faz você esquecer o resto do elenco. Enquanto todos tentam (e falham) em entregar atuações decentes, Cocielo carrega o filme nas costas como se fosse o próprio Sonic fugindo do fracasso absoluto que ameaça essa franquia.





No fim das contas, Sonic 3 só vale pelo meme. Se você tirar a dublagem do Cocielo, sobra um filme vazio, sem alma e que nem deveria existir. Mas como ele está lá, fazendo piadas e dando uma sobrevida à produção, até dá para considerar assistir com um balde de pipoca e zero expectativas. Ou melhor, veja dublado e finja que o resto do filme não existe.



domingo, 2 de março de 2025

"Debi & Lóide: A Obra-Prima do Humor que Merecia um Oscar

 Debi & Lóide: Dois Idiotas em Apuros (1994) é uma verdadeira obra-prima da comédia pastelão, um marco que transcende o tempo e permanece como uma das experiências cinematográficas mais hilárias já concebidas. Dirigido pelos irmãos Farrelly e estrelado pela icônica dupla Jim Carrey e Jeff Daniels, o filme entrega uma jornada absurda e inesquecível, recheada de situações improváveis, diálogos memoráveis e atuações que beiram o genial. A química entre os protagonistas transforma cada cena em um espetáculo de comédia física e timing perfeito, consolidando a produção como um clássico do gênero.



O roteiro, que poderia ser apenas uma sucessão de piadas sem nexo, surpreende ao manter uma narrativa envolvente, levando o espectador por uma viagem insana de Rhode Island ao Colorado, com direito a desvios cômicos brilhantes e reviravoltas impagáveis. Cada interação de Debi e Lóide com o mundo ao seu redor evidencia a maestria do filme em transformar a inocência e a burrice em arte, extraindo risadas não só da tolice dos protagonistas, mas também da reação dos coadjuvantes ao caos que eles semeiam. A trilha sonora, a fotografia e a edição pontuam com precisão cada momento, elevando a comédia a um nível raramente alcançado.



Em uma noite de Oscar, onde filmes dramáticos e épicos costumam dominar, é essencial exaltar a grandiosidade do humor burlesco que Debi & Lóide representa. A entrega de Jim Carrey e Jeff Daniels deveria ser eternizada como uma das duplas mais icônicas do cinema, pois sua genialidade vai além do riso fácil: eles redefiniram o que significa ser um verdadeiro comediante. Se há justiça no mundo do cinema, este filme deveria ser lembrado e reverenciado como um dos grandes feitos da sétima arte—afinal, fazer rir com tamanha maestria é um talento digno de prêmio.



A Creche do Papai”: Uma Odisseia de Fraldas, Puns e Paternidade Épica

  Se você acha que filmes sobre paternidade, fraldas e crianças endiabradas não podem ser épicos, é porque você ainda não viu A Creche do Pa...