Se você esperava que Sonic 3 fosse uma obra-prima do cinema, lamento informar, mas esse trem descarrilhou feio. O filme tenta trazer de volta a adrenalina dos jogos, mas entrega uma montanha-russa de piadas sem graça, roteiro preguiçoso e CGI que parece ter sido feito no Paint. O único motivo para assistir a essa aberração cinematográfica é a dublagem do Júlio Cocielo, que transforma um desastre em algo minimamente suportável.
Júlio Cocielo, esse verdadeiro herói da dublagem brasileira, salva Sonic 3 do completo esquecimento. Sua voz carismática e jeito debochado dão vida ao personagem de uma forma que faz você esquecer o resto do elenco. Enquanto todos tentam (e falham) em entregar atuações decentes, Cocielo carrega o filme nas costas como se fosse o próprio Sonic fugindo do fracasso absoluto que ameaça essa franquia.
No fim das contas, Sonic 3 só vale pelo meme. Se você tirar a dublagem do Cocielo, sobra um filme vazio, sem alma e que nem deveria existir. Mas como ele está lá, fazendo piadas e dando uma sobrevida à produção, até dá para considerar assistir com um balde de pipoca e zero expectativas. Ou melhor, veja dublado e finja que o resto do filme não existe.